sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Eternamente...Viverei!

Dentro de mim, tenho uma luz que me faz querer continuar a caminhar. Para onde? Não sei. Nem preciso saber. Sei que tenho de ir, irei saber para onde ir quando tiver de saber. Sei que tenho um caminho guardado para mim, um pedaço de nada, um pedaço de tudo. Um pedaço de paz. Um pedaço de Deus, é tudo o que eu quero. Não sei quando vou partir, mas sei que quando partir vou estar preparada para o fazer. Não sei se tenho para onde ir, mas alguem me abrirá a porta. Eu vou conseguir! Pareço perdida, por nao saber para onde ir?? Mais perdidos são os que não sabem que um dia terão que partir. Eu sei que a vida não é eterna, mas tambem sei que a memoria desta vida durará eternamente, e prefiro viver eternamente satisfeita com o que vivi nesta vida, que viver eternamente numa vida que julgo ser eterna.

4 comentários:

unknowngirl disse...

Obrigada pela visita... Brevemente voltarei para te ler com mais atenção...
*

Anónimo disse...

hoje é um dia especial um dia de muitos outros que vais ter com a tua pouca idade hoje mostraste me algo muito belo sabes do que falo tu sabes do que falas obrigada adoro te badocha

Anónimo disse...

Por onde tu caminhares, terás sempre a tua familia, os teus amigos e eu. Nunca caminharás sozinha, pois, por muito que digas que não precisas de ajuda, precisas e muita. Nós estaremos sempre a teu lado. Nós e as almas que te acompanham. Aos poucos vais tendo o teu "exercito" para te ajudar e proteger na guerra que se avizinha. Não sintas medo. Eu estarei aqui. Amo-te por quem és e não pelo que és. És o meu Anjo Lindo. Continua a lutar e a escrever sobre essas "batalhas" que vais travando a cada dia que passa. Mas nunca esquecendo uma coisa. Eu estou aqui. Amo-te

Anónimo disse...

Para ti, Meu Anjo:

Muitas das pessoas que possuem um Dom como tu, quando a sociedade tem conhecimento, são descriminadas, repudiadas. São vistas como loucas, insanas, anormais, “malucas”. E porquê? Por falarem, ouvirem ou verem pessoas que não estão lá? Pelas próximas palavras vão dizer que o louco sou eu. Mas que me importa isso? Nada, mesmo nada. Mas sim, sou louco. Louco por que iniciou este Diário.

Amo-te Anjo Lindo.



Na altura em que conheci a Médium, ela era uma rapariga como qualquer outra. Bem vestida, bonita, de cabelo comprido, olhos cor de mel. Uma Deusa à face da Terra.
Mas um dia fiquei a saber de uma verdade, que para muitos seria um pesadelo, mas que para mim era muito bom, pois poderia aprender muita coisa. Conheci-a num ponto de viragem da sua vida. Passara a viver só com a mãe. A sua mãe, ou “pequena mulher” como fora designada, é uma pessoa simpática, meiga, afável, carinhosa. Mas quando a Médium estava a ter um dos seus “episódios” (expressão que uso para substituir “problemas”), tornava-se implacável, determinada, decidida, intransigente, pois estava a fazer de tudo para salvar a sua filha. Sofreu agressões violentíssimas quando certos espíritos ser apoderavam do corpo da Médium. E muito pouco presenciei, pois só a conheci depois da sua Revelação. Confesso que no inicio tinha medo, mas aprendi que nada é mais forte quando se ajuda quem amamos e nos ama. Aprendi também que se deve respeitar tudo e todos. Passei noites inteiras, a fio, acordado, sentado na beira da cama dela, fazendo o quê, não sei, mas ficava lá pois sabia que a determinada altura poderia ser preciso. Muitas dessas noites, a Médium acordava a meio da noite, dando um grito de terror, mais parecido com um grito vindo dos confins do Mundo. Completamente encharcada em suor, de olhar perdido, olhava para mim, sorria e voltava a deitar a cabeça na almofada, vindo a adormecer em pouco tempo. Mas isto foi só um dos muitos “episódios” que passei com ela. Certo dia, fui ter com ela de manha e a sua mãe disse-me que ela não estava bem. E não estava. Tinha um olhar vazio, uma expressão de quem nos quer fazer mal. Nestas alturas era praticamente impossível deixa-la sozinha, pois não se sabia o que ela poderia fazer. Ela levantou-se para ir á casa de banho. Por breves segundo, deixamos de ouvi-la. Quando de repente ouvimos a gaveta onde estavam as facas. Fui a correr para a cozinha, assim como a mãe dela. Lá estava ela, com o mesmo olhar vazio a olhar para nós, com uma faca que teimava entrar na carne do seu braço. Tiramos-lhe as facas, pois ela tinha mais algumas escondidas na camisola do pijama. Tivemos que esconder as facas e todos os objectos que pudessem representar perigo para ela. A Médium estranhava o nosso comportamento, e por vezes irritava-se connosco, mas acabava por compreender que era para o seu bem. Estes são pequenos “episódios” que relatam a minha vida junto de uma pessoa com um Dom. Não é fácil viver com uma pessoa que possui um Dom destes. Não é fácil ver a pessoa que amamos ser “torturada” à nossa frente e não podermos fazer nada,a não ser ter Fé. Mas fazemos tudo por Amor. Acreditar que aquele algo não vencerá o nosso amor. O amor de mãe para filha. O amor de um rapaz por uma rapariga. E agora sei que muitas vezes a HUMILDADE pode ser a nossa melhor aliada.

Até breve, Anjo.